sexta-feira, 27 de abril de 2012

Hoje é dia de risoto!


                Um dos meus pratos favoritos é o risoto. Um prato simples, quentinho e reconfortante. Por isso que ganha o status de comfort food. Meu problema com o risoto é que é sempre uma incógnita pedir risoto em restaurantes que não são especializados. Os três erros mais comuns são: não usar o arroz adequado, cozinhar demais ou cozinhar de menos.
                O risoto é um prato muito fácil de ser feito, só requer um pouco de paciência para ficar mexendo e colocando caldo aos poucos. Acho que é por isso que eu gosto tanto de fazer risoto, adoro comidas que eu posso ficar mexendo e provando o tempo todo!
                Normalmente o restaurante que não sabe fazer risoto ou quer economizar nos ingredientes, usa arroz normal e soca um monte de caldo e tempero pra ficar empapado. Ou, ainda pior, usa creme de leite para deixar cremoso. Risoto de verdade é cremoso por causa do arroz certo: Arbóreo, Carnaroli ou Vialone Nano. O arbóreo é o mais comum nos mercados por aqui, e é bem barato. Principalmente se levarmos em consideração que não vamos fazer risoto todo dia e que o arroz aumenta três a quatro vezes o seu volume quando pronto.
                A receita básica de risoto leva cebola e alho picados, vinho branco, caldo, arroz e manteiga. Duas consideração importantes: é vinho branco. Seco. Não adianta colocar chardonnay doce que vai ficar horrível. Melhor é omitir o vinho (uma pena) caso não tenha um vinho bem seco. Outra: é manteiga. Manteiga não é margarina. E sem sal, de preferência. Aí incrementamos a receita base com o que quisermos ou com o que tiver na geladeira! Agora, chega de reclamar e vamos à receita: Risoto de aspargos. Eu usei aspargos porque achei uns bonitos no mercado, mas se fizer a mesma receita com abobrinha cortada em cubinhos sem as sementes fica perfeito também!


                Cortei meia cebola pequena e dois dentes de alho grandes bem picadinhos, dei uma refogada de leve no azeite de oliva com uma pitadinha de sal e fui colocando o arroz. Pra medir o arroz, eu uso minha mão em concha, cada duas conchas servem uma pessoa. Nesse dia foram quatro conchas bem cheias. Deixo o arroz refogar um pouco com o alho e a cebola, mexendo sempre. Em hipótese alguma pode dourar. 



                Depois de refogar um pouco, coloco meio copo de vinho e mexo até o arroz absorver tudo. Quando absorveu, vou colocando o caldo, mais ou menos meio copo de cada vez e vou mexendo (tirando bem o arroz do fundo) até absorver. Cada vez que secar, coloca mais meio copo. Eu faço meu próprio caldo de galinha, faço e coloco em formas de gelo pra ter cubinhos de caldo quando precisar, assim fica mais gostoso e BEM mais saudável. Qualquer dia desses falo melhor sobre o caldo, agora voltemos ao risoto. Quando o arroz dobrou de tamanho, é a hora de provar o sabor e ajustar o sal (cuidado com o sal se for usar caldo pronto em cubos, que já é bem salgado). Tudo certo, continua colocando o caldo até o arroz ficar pronto, no ponto al dente. Al dente é quando o arroz está cozido mas não mole, quando ainda sentimos os grãos ao comer. Pra saber a hora certa, só provando, mas dificilmente um arroz de qualidade passa muito do ponto. Então, quando senti meu arroz quaaaase quase pronto, coloquei os aspargos, mexi um pouco, desliguei o fogo, coloquei uma boa colher de manteiga no meio e tampei. Deixei uns minutinhos até a manteiga derreter, abri, mexi, coloquei um punhado de parmesão ralado, mexi e pronto!



                Para servir, em caráter totalmente opcional, raspas de limão siciliano. E como o risoto era o prato principal, alguma coisa crocante. Aqui usei uma tortilla pronta que tinha na geladeira, torradinha no forno. As raspas de limão dão um toque muito gostoso, assim... aromático. Combinou muito bem.
                

terça-feira, 24 de abril de 2012

Berinjela gratinada para quem diz que não gosta de berinjela.



Se tem um legume (ok, tecnicamente um fruto) que sofre preconceito, é a beringela! Nem o nome não se sabe ao certo, se é com J ou G. Principalmente de gente preconceituosa com leguminhos ou gente que comeu uma mal feita uma vez na vida e jurou nunca mais. Dizem que é amarga e não sei mais o quê, mas nunca senti nada. Para mim e para muita gente que venceu o preconceito contra o nome dela, é um dos legumes mais gostosos que existe! Sem contar que é super versátil, vai na salada, na massa, no pão, pura grelhada, tudo! Casa perfeitamente com alho e pimenta do reino.
A nossa amiga exige alguns cuidados básicos na preparação, mas nada muito difícil. Simplesmente deve-se cortar alguns minutos antes de usar, jogar um pouco de sal e deixar ela perder água, depois pode secar de leve com papel toalha. Outro cuidado é colocar pouco óleo ou azeite enquanto ela estiver crua, pois ela age como uma esponja.
                Enfim, tudo pronto, vamos à minha receitinha preguiçosa. Digo preguiçosa pois já tinha a berinjela grelhada guardadinha no freezer e resolvi fazer assim, sem muito planejamento. Caso você não seja a rainha ou o rei do freezer como eu que congela tudo até leite, pegue a berinjela e prepare como dito antes, depois é só colocar para grelhar. Eu usei minha frigideira amada da Neoflam sem óleo algum. Mas pode usar uma frigideira normal com pouca gordura ou aqueles grills elétricos. Ou ainda uma sanduicheira! Juro. Deixe ela ficar bem douradinha.


                Com a berinjela pronta, faça um molho branco, ou bechamel, ou como queira chamar. Pode fazer a receita da preferência. A minha é: Duas colheres de manteiga, derrete. Uma ou duas colheres de farinha, mistura até ficar uma massinha grossa. Vai juntando leite aos poucos, umas duas xícaras. Cuidado para ir colocando o leite aos poucos e mexendo ao mesmo tempo, se colocar muito rápido empelota e fica estranho. Vai cozinhando até ficar bem cremoso. De tempero para o molho só sal e noz moscada (raladinha na hora!).


                Para montar eu usei forminhas de suflê tigelas para porções individuais, fica tão bonitinho! Mas pode fazer sem problemas em um refratário grande, só alterar as quantidades e fazer o tamanho conforme o número de bocas famintas aguardando. Para três pessoas que comem pouco foi meia berinjela grande e um tomate pequeno. De qualquer modo, voltando à montagem: coloquei uma fatia de beringela, uma de tomate, um pouco de manjericão picado, meia fatia de queijo (usei mussarela light) e uma boa colher de molho branco. Refiz a ordem. Coloquei mais uma fatia de berinjela, um pouco de molho branco, mussarela e ralei parmesão em cima. Em alguma das camadas eu coloquei um pouquinho de alho moído, mas bem pouco pois não ia ficar muito tempo no forno.




Como ficou muito alto, coloquei as tijelinhas em uma forma com um pouco de água, caso borbulhasse e escorresse, seria mais fácil de limpar. Assei até ficar bem douradinho e pronto! O acompanhamento perfeito seria uma saladinha pra balancear todo o queijo, mas combina bem com arroz também. 



domingo, 22 de abril de 2012

Alcachofra e panqueca de lentilha improvisada



                Estava em casa, à noite, aquela fome começando a bater e comecei a pensar no que eu poderia fazer que fosse rápido, quentinho e gostoso. Lembrei de ter comprado duas alcachofras porque estavam baratas e pareciam frescas. Resolvi aproveitar, já que não é sempre que se acha alcachofra por aqui, muito menos barata! Nada parecidas com as alcachofras que eu lembrava da minha infância, que eram bem gordinhas na parte de baixo, nem das italianas que eu via no mercado de lá... mas resolvi arriscar.
                Na minha ingenuidade achei que seria rapidinho limpar a tal da alcachofra, mas eu nunca tinha feito isso, em casa quem fazia era minha mãe. Eu só sabia que deveria abrir a flor e tirar os espinhos de dentro. Aham. Sério, que negócio difícil! Peguei uma faca e tentei escavar, não deu. Pensei em dar uma pesquisada na internet, mas já estava com a mão na massa e com o orgulho ferido e decidi continuar com aquela raivinha crescendo die motherf*cker, die!!. Ok, peguei meu boleador e continuei. Muita sujeira depois, muito esforço e a fome já enorme, alcachofra limpa.



                Fiz o recheio básico da mamis, só com farinha de rosca, alho, sal e azeite. E coloquei a bichinha para cozinhar. Dois dedinhos de água, panela tampada, fogão.


 Nisso lembrei que tinha um restinho de lentilha na geladeira, mas não queria esquentar, não ia combinar. Num acesso de loucura criatividade, juntei um ovo, sal, alho, farinha e fermento à lentilha, fiz um creme grosso e fritei na minha frigideira antiaderente. Deu super certo!!


  
                Alcachofra pronta, depois de uns 15 minutos (quando ela começa a mudar de cor e a ficar levemente acinzentada), panquequinha pronta, fui comer. Aaah que saudades de alcachofra! Adoro o gostinho metálico que ela deixa na boca, adoro puxar as pétalas e morder a carninha que fica, hmmmm.... chegando ao final das pétalas, decidi abrir pra comer o “coração”. Decepção. Não estava bem limpa e tinha muito pouca “carne”. Tirei o resto dos espinhos como pude, procurei o máximo de partes comíveis ali e terminei meu jantar. Satisfeita, afinal. 



quinta-feira, 19 de abril de 2012

REVIEW: Café e Cia: Ceres Azevedo, em Florianópolis. Vamos almoçar na Floricultura?



                Nessa semana conheci um lugar ótimo para um almoço gostoso em Floripa, dentro de uma Floricultura! Eu já conhecia o café que fica dentro da Primavera Garden, mas o café da Ceres Azevedo na Floricultura Verde & Cia (do outro lado da rodovia) é muuuito gostoso!  O lugar é uma perfeição, flores para todos os lados, um laguinho de carpas lindo e um espaço para crianças de babar.


                O Café serve almoço a partir das 11h da manhã e, se não me engano, vai até às 18h e tem um menu diário bem pequeno. Podemos conferir o menu escrito em um quadro na entrada do café/floricultura.  No dia em que fomos os pratos eram: Crepe de Salmão, Bacalhau Espiritual e Berinjela Gratinada, além desses, todos os dias eles também servem cheese cakes salgados e bruschettas de almoço, todos os pratos vem acompanhados de uma saladinha.
                Fizemos os pedidos e fomos dar uma caminhada na floricultura, que é linda. Assim que voltamos, um couvert nos esperava na mesa. Uma porçãozinha de massinha temperada e assada, crocante. Quando nossos pratos chegaram fiquei super feliz com a apresentação e com a saladinha que acompanhava. A saladinha, além das folhas mistas frescas, tinha brotos de alfafa e nada mais que quatro tipos de frutas! Tinha morango, uva, manga e ameixa, e estava uma delícia. Com um pouco de parmesão e uma redução de balsâmico por cima. O prato escolhido vinha em uma cumbuquinha de barro fofa. Minha mãe pediu a berinjela gratinada e eu o bacalhau.


Berinjela Gratinada

Detalhe do Bacalhau Espiritual e da saladinha
                Além da saladinha delícia, os pratos estavam muito gostosos também. Meu bacalhau veio super quente, e nem um pouco salgado. Estava no ponto, bem temperadinho e com bastante bacalhau! Minha mãe elogiou bastante a berinjela dela também. Sucesso.


                Os pratos custaram 20 reais cada, e vimos que aos finais de semana existem mais opções de pratos. As cheese cakes salgadas e as bruschettas com saladinha ficam 16 reais cada.
                Mas ainda não acabou! Pedimos sobremesa!  Eu estava louca para provar a cheesecake e mamis pediu uma tortinha de maçã. A tortinha levava maçã cozida no conhaque com especiarias e uma farofinha doce em cima, sem aquele creme todo. Minha mãe adorou.  Minha cheesecake estava como eu esperava, com cream cheese de verdade, bem gordinha e rica. Eu não gosto de pedir cheesecake em qualquer lugar porque normalmente as cheeses são feitas com gelatina e creme de leite, ficando aquela coisa mais mousse que cheese, sabem? Odeio. Gosto da cheesecake americana mesmo, alta e de verdade. E claro, com calda de frutas vermelhas!


Meus filhos terão um lugar desse para brincar!! 
Pesquisando sobre o lugar, descobri que não sou a primeira a falar de lá, um blog aqui de Floripa também já foi lá e fez sua avaliação. Vale a pena dar uma olhada no blog dela também, só clicar aqui.

Pontos positivos: O lugar, o lugar e o lugar. Ok, não só o lugar. A comida super bem feita, a saladinha bem pensada, o atendimento (a própria Ceres veio perguntar se estávamos satisfeitas) e a apresentação.

Pode melhorar: Eu poderia reclamar da falta de diversidade, mas isso não me incomoda em nada! Mesmo com poucas escolhas, não há nada para melhorar, nosso almoço foi perfeito.

Ceres Azevedo Café e Cia
Rod. SC 401, km 4,5, sentido bairro-centro.
Em frente a RBS, ao lado do Boliche Pinguim, dentro da Floricultura Verde & Cia.
Florianópolis, SC 

Comidinha caseira: Cogumelos salteados no shoyu com salmão defumado.

                Eu tenho fases em que fico viciada em um tipo de culinária ou ingrediente, já passei pela fase do curry, dos risotos, das sopas, dos (ou das?) omeletes, das massas... agora estou num momento japonês. Claro que muito disso se deve ao namorado e aos passeios na Liberdade (logo faço um post sobre a Liberdade). E quando falo em comida japonesa não é só sushi! Algumas comidas japonesas eu já conhecia, quando eu comia yakisoba (yakisoba não é propriedade exclusiva da China, aliás, o nome é em japonês) ou quando o Japex tinha comidas quentes no cardápio e eu adorava comer Karagê (pedaços de frango frito) com gohan (arroz) ou missoshiro (sopinha de missô, geralmente com adição de alga e tofu). Outras provei recentemente, o lámem perfeito do Lamem Kazu (do qual eu falei aqui), o Tonkatsu (carne de porco empanada e frita delícia) do Espaço Kazu e o Sukyaki (salteado de carne, massa de peixe, acelga, tofu, e outras coisinhas) da vó do namorado.
                Então nesses dias, depois de chegar de viagem com meu carregamento de coisinhas compradas na Liberdade, resolvi testar os sabores japas.


O prato escolhido foi gohan, saladinha de pepino e cenoura e cogumelos salteados no shoyu com salmão defumado. Comprei o salmão defumado pois não queria comprar salmão congelado normal, e... bem... não sei por que comprei defumado. Não vou colocar a receita certinha aqui, até porque dificilmente sigo receitas, aprendi a cozinhar no “olhômetro” e normalmente sigo direções e pego idéias ao invés de seguir receitas (acho que por isso nunca fiz um bolo de verdade, por exemplo).


Para a saladinha de pepino e cenoura: cortei o pepino japonês fininho, cortei a cenoura em tirinhas pequenas (só tinha mini cenourinhas em casa, seria mais fácil usar uma cenoura normal e ralar), adicionei um pouco de vinagre de arroz, sal e açúcar. Deu umas três ou quatro colheres de vinagre, uma pitada de sal e uma colher de café de açúcar, aí tampa e deixa descansar na geladeira. Não quis colocar muito açúcar, mas para ficar igual às dos restaurantes é preciso mais açúcar e deixar de um dia para o outro na geladeira.


Para o gohan: como ia comer sozinha usei apenas meia xícara de arroz cateto, lavei bem até a água sair transparente, e cozinhei normal. Normal, para mim, é: coloca o arroz na água fria, um pouquinho de sal, uns dois dedos de água a mais que o nível do arroz, tampa, liga o fogo, deixa ferver, abaixa o fogo, deixa a água secar. Se ao final o arroz ainda estiver duro, coloca mais água (fria mesmo, não faz diferença, é pra ficar empapado) e deixa no fogo mais um pouco. Em cima do Gohan o temperinho mágico: Furikake, encontrado em grandes mercados e lojas de produtos especializados, é um temperinho feito basicamente de alga, gergelim torrado, peixe seco e outras coisinhas, existem uns só de vegetais, tem uns com mais peixe, menos peixe, ovos, e por aí vai...


Para os cogumelos: comprei um mix de cogumelos hidratake, vem hidratake, hidratake ostra e hidratake salmão, mas pode-se usar shimeji e shitake também, como queiram. Peguei uma frigideira, coloquei um fiozinho de óleo, deixei esquentar bem, joguei um pinguinho de gengibre ralado e os cogumelos com um mínimo de sal (só para os cogumelos perderem um pouco de água), salteei um pouco (aquele movimento de jogar pra cima pra virar) até o cogumelo murchar, adicionei shoyu (light gente, tem a metade do sódio do normal!) a gosto e pronto! Servi com cebolinha picada e salmão defumado cortadinho em pedaços.

Jantar super fácil, rápido e incrivelmente gostoso. Taí a prova:



quarta-feira, 18 de abril de 2012

Gnocchi ao molho cremoso de brócolis "light"


                   É bem documentado que devemos comer em intervalos regulares e curtos de tempo, entre outras coisas, para podermos fazer escolhas melhores e mais saudáveis e não devorar tudo que encontramos na frente. Ceeerto, é isso que eu tento fazer na maior parte do tempo. Mas o que fazer quando se está com preguiça e vai enrolando até a fome bater de verdade e a única coisa que você consegue pensar é numa massa com molho cremoso?!
                Lembrei que tinha gnocchi (ou nhoque, como preferirem) na geladeira. Comprado pronto, de batata da Massa Leve. Peguei um maço de brócolis, alho e parmesão. Mas não queria usar creme de leite, afinal estou tentando cortar um pouco as gordices e também nem estou mais acostumada a muita gordura. Mas ainda queria um molho cremoso.



                Piquei o alho, coloquei na panela. Cortei o brócolis pequeninho, separei. Refoguei o alho com um pouquinhozinho de óleo, até “levantar o cheiro”, nada de deixar dourar! Juntei o brócolis cortadinho, coloquei sal. Refoguei por alguns minutos, até o brócolis ficar verde bem vivo e murchar. Juntei uma colher de amido de milho (Maizena!), ralei um pouquinho de noz moscada e um poucão de parmesão. Dica: compre um belo pedaço (uma cunha) de parmesão de verdade (tem marcas italianas boas em qualquer mercado, e alguns nacionais também são bons), vai custar uns 15 reais e vai dar mais trabalho que abrir um saquinho, mas o sabor é incrivelmente melhor e rende muito! Com o fogo baixo fui juntando leite desnatado aos poucos, deu um copo, mais ou menos. Cozinhei lentamente até ficar bem cremoso.

                
                  Enquanto isso a água com um pouco de sal esquentava em outra panelinha, pronta para receber meus gnocchi. Quando ferveu, joguei a quantidade que mais me agradou. Eu costumo “medir” a quantidade colocando os gnocchi em um prato e vendo quanto eu consigo posso comer, com massa a mesma coisa, com o cuidado que a massa aumenta muito depois de cozida. Todo mundo sabe cozinhar gnocchi, né? Então, quando eles começaram a boiar, esperei um minutinho e tirei da panela colocando diretamente no molho. Misturei bem com o fogo ligado e pronto!!

               
          Bem mais leve que um molho de queijo ou com creme de leite, né? E sem peso na consciência porque tinha bastante brocolinho! 


terça-feira, 17 de abril de 2012

Banana Pancakes, bom dia!


                Acordei um sábado de manhã cedo 20 pras 11h, e decidi fazer banana pancakes do nada. Do nada porque não usei receita, pensei em começar a fazer e usar o olhômetro para ver se ia dar certo. Como eu fiz? Fácil!
                Eu queria fazer uma, no máximo duas, então peguei uma banana prata média e usei um pouco mais da metade. Aqui um adendo sobre bananas: a prata normalmente é ruim para cozinhar, ela tende a ficar dura. Já a caturra (aquela que é maior e mais clara) cozinha super bem, derrete e fica meio amanteigada, então seria melhor ter usado a caturra, mas só tinha prata aqui.
Enfiimm, amassei bem a banana com um garfo, coloquei um pouco de leite, umas duas colheres de sopa, uma colher de sobremesa de açúcar e uma pitada de canela. Juntei o ovo e misturei bem. Fui adicionando a farinha aos poucos, pois não tinha noção de quanto colocaria, ao final foram duas colheres de sopa. Mas calculem o suficiente para a massa ficar como um creme mole, quanto mais farinha colocar, mais pesada ela fica, é o jogo da tentativa e erro. Coloque uma frigideira antiaderente esquentar e misture uma colherinha de fermento em pó na massa.
A minha massa rendeu duas panquecas. Coloquei um pouco da massa na frigideira, deixei cozinhar bem de um lado, e quando ela estava bem marronzinha (fica mais escura por causa do açúcar, se não quiser escura tire o açúcar da “receita” e coloque mel na hora de servir) e soltando sozinha, virei com cuidado, deixando mais alguns minutinhos do outro lado.

E aí pronto, servi com cream cheese light e mel! Ficaram leves e suuuper gostosas!


Um P.S. sobre a frigideira: Minha frigideira é a melhor do mundo!! E é ela que garante que tudo sempre saia “nos conformes”. Claaaro que nunca tive a oportunidade de cozinhar com uma Le Creu$et, então não posso comparar, mas desde que conheci as panelas da Neoflam minha vida mudou na cozinha! As coisas nunca mais grudaram e é a coisa mais fácil do mundo de limpar! Além de serem livres de compostos químicos que podem se degradar e causar danos. Antes eu morria de medo de aquecer demais uma panela de teflon, e isso acaba modificando o resultado final de certas comidinhas. Quando aquecidas por muito tempo sem nada, o teflon é conhecido por liberar um composto tóxico. Vocês já esqueceram uma panela de teflon no fogão por alguns minutos (sem óleo ou comida) e sentiram um cheiro muito ruim? Então fica o alerta, teflon pode ser tóxico!
Info aqui, eu sei que é Wikipedia, mas esse artigo está muito bem referenciado, a parte importante abaixo:
"The pyrolysis of PTFE is detectable at 200 °C (392 °F), and it evolves several fluorocarbon gases and a sublimate. (…)While PTFE is stable and nontoxic, it begins to deteriorate after the temperature of cookware reaches about 260 °C (500 °F), and decomposes above 350 °C (662 °F). These degradation by-products can be lethal to birds, and can cause flu-like symptoms in humans.
Meat is usually fried between 200 and 230 °C (392 and 446 °F), and most oils will start to smoke before a temperature of 260 °C is reached, but there are at least two cooking oils (refined safflower oiland avocado oil) that have a higher smoke point than 260 °C. Empty cookware can also exceed this temperature upon heating."
E mais info aqui, a parte mais importante abaixo:
            "But the Environmental Working Group (EWG), an independent US non-profit consumer group, disputes this. It says that Teflon begins to deteriorate after the temperature of cookware reaches about 260°C (500°F), and begins to significantly decompose above 350°C (660°F). Cooking fats, oils and butter will begin to scorch and smoke at about 200°C (392°F), and meat is usually fried between 200-230°C (400-450°F), but hot spots in the pan can easily exceed this temperature.
Off-gassing can occur when a Teflon pan is left unattended. A Teflon pan can reach 383°C (721°F) in just five minutes heated on a conventional, electric stovetop, says the EWG."

REVIEW. Restaurante: Lamem Kazu no Bairro da Liberdade, São Paulo.


                Não tenho idéia de onde ouvi falar sobre o Lamem Kazu pela primeira vez. Não sei se foi na Veja Comer e Beber São Paulo, na revista (di grátis que tem nos aeroportos) 29 Horas ou em algum blog por aí. O importante é que o Lamem Kazu é o novo queridinho dos restaurantes de lámem da Liberdade. Fica na Rua Tomás Gonzaga, onde estão vários outros restaurantes legais.
O lámem nada mais é que que um tipo de massa em um caldo. Claro que é uma comida onde os ingredientes variam muito, de restaurante a restaurante e de região a região. O macarrãozinho do Lamem Kazu é importado do Japão e feito em caldo: um com missô e um só temperado com sal (Shio). Apesar do cardápio do site ter ainda um de shoyu, não lembro desse no cardápio do restaurante (que é bem pequeno). De qualquer modo, aqui estão as fotos e explicações a mais.
                Fomos numa quarta-feira, cedo, entramos e fomos recebidos por um sonoro “bem vindo” em japonês, deu até um susto! Como antes de ir eu li em algum blog que o gyoza era perfeito, decidimos pegar uma porção. Realmente, best gyoza ever! Veio quente, e não era frito, mas cozido no vapor e jogado na chapa para ficar crocante, lindo. Infelizmente não tenho fotos, mas era uma porção normal, com quatro, e custava menos de 10 reais. Escolhemos o mesmo lámem, de missô com um pedaço de carne de porco. Chegando o lámem, o susto, a tijela era enooorme!

Essa foto tirei quando já tinha começado a comer, então está tudo meio misturado, mas os ingredientes vem bem bonitinhos, cada um no seu canto, e veio: moyashi (broto de feijão), wakame (alga), cebolinha, uma folhinha de alga temperada (tipo de sushi), a carne de porco, o macarrão e o caldo (claro!). Tudo muito gostoso, o caldo não estava forte nem gorduroso, e apesar do missô não estava salgado. Adorei a carne de porco, bem macia, já o namorado achou ruim porque tinha umas gordurinhas a mais.
                O lugar é pequeno, mas como estávamos no meio da semana e era razoavelmente cedo, o restaurante não estava lotado. De qualquer modo, quase todas as mesas estavam ocupadas e achei bem movimentado. Já outro dia, era domingo e passamos em frente ao restaurante por volta das 21h e havia muita gente esperando fora, então, estejam preparados caso queiram ir no final de semana.
A foto a seguir é só pra mostrar o tamanho da tijelinha comparada à alguém, se bem que só pelos hashis dá pra ter uma boa ideia...


Pontos positivos: Sabor, preço (R$20 pelo lámem e menos de R$10 o gyosa), tamanho.
Pode melhorar: Nada? Hahaha

Lamem Kazu
Rua Thomas Gonzaga, 51.
Liberdade, São Paulo.
Aberto diariamente, das 11h às 15h e das 18h às 22h30.

Introdução. Parte 1.


 
                Estive pensando nos útimos dias, de onde vem minha bagagem “cultural gastronômica”? E até onde pude chegar, é tudo culpa da minha mãe!
Minha mãe sempre gostou de cozinhar e sempre gostou de variedade. Desde pequena me acostumei ao gosto de temperos diferentes, ervas e ingredientes. Seria normal se eu tivesse nascido em uma cidade grande. Mas não. Eu nasci em uma cidade de 6 mil habitantes, do interior do interior do Rio Grande do Sul. Lucky enough, mamis nasceu em São Paulo, filha de imigrantes iugoslavos (naquela época era um só país, sabem como é...), pai croata, mãe eslovena, o que contribuiu para a extensa bagagem dela.
                Sempre escutei histórias e comentários sobre os pratos feitos na cozinha dos meus avós, pratos eslavos, yakissoba, sauerkraut, dobradinha, rollmops, rolinhos primavera, entre outras misturas. Desde sempre me habituei ao gosto do curry (que minha mãe - até hoje não descobri por que - chama de “quéri”), da pimenta do reino, do shoyu (que até outro dia pronunciava “xôiu”, mas descobri que se pronuncia “xoiú”), do funghi, entre outros.
                Posso somar parte da culpa à família do meu pai também. Família simples, do interior mesmo, onde cresci comendo pão feito na hora e massa fresca. Tomando água de poço e comendo limão-cravo. Vendo porcos, galinhas e bois virarem comida. Fui criada na roça, comendo fruta do pé, procurando ovos de galinha nos ninhos espalhados pelo terreno, colhendo milho e feijão. Fazendo salame e ajudando a tirar leite das vacas. Minhas melhores lembranças de infância são da casa dos meus avós, onde passávamos todos os finais de semana e, às vezes, as férias inteiras.
                Mas voltando à comida... não posso dizer que sempre comi de tudo, como quase toda criança, era bem chata com comida. Mas sempre fui curiosa, isso não posso negar. Lembro de ajudar minha mãe a temperar frango inteiro pra assar, fazer bifes à milanesa para fritar, comer o ovo batido cru (ui) que sobrava dos bifes, picar cheiro verde bem fininho... lembro de brincar com uma panelinha super pequena e colocar folhas e coisas do jardim pra cozinhar no fogão à lenha que tínhamos na cozinha. Eu amava livros também, e existiam muitos na minha casa! Muitos eram de culinária e lembro o meu preferido: um grandão do Leite Moça, acho que foi uma edição especial dos anos 90, as fotos eram lindas!

[Este post é uma introdução e continua outro dia]